De acordo com os cientistas, o estudo é fascinante e muda o entendimento sobre os elementos que seriam necessários à vida, como carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Com a descoberta, foi possível comprovar que o arsênico pode substituir o fósforo nas moléculas de uma bactéria que existe na natureza. O organismo não só consegue viver no meio do arsênico, mas também cresce incorporando o elemento ao seu DNA e membranas celulares.
O achado mostra o quão pouco os cientistas sabem sobre a variedade de formas de vida na Terra e deve expandir as pesquisas sobre vida em outros planetas e luas. Com a constatação, os astrobiólogos poderão procurar vida em outros planetas sem olhar apenas para os planetas com o mesmo equilíbrio de elementos que a Terra tem.
A descoberta da equipe da Nasa foi liderada por Felisa Wolfe-Simon, uma ex-cientista do grupo de pesquisas de Anbar, na Escola da Exploração da Terra e do Espaço da Universidade Estadual do Arizona.
Não se trata de uma exceção trivial: o fósforo faz parte da estrutura do DNA e é um componente do ATP, a molécula usada para transportar energia no metabolismo celular. Batizado de GFAJ-1, o novo organismo foi encontrado em sedimentos do Lago Mono, da Califórnia, nos Estados Unidos. O lago é extremamente salgado e conta com níveis elevados de arsênico, um elemento que fica logo abaixo do fósforo na tabela periódica.
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